terça-feira, 17 de agosto de 2010

Alguns o ques

Não sorrir quase nunca mas quase sempre conosco, teimar em coisas que sabe que são imbecis, fazer o que a gente pede mas não admitir jamais, usar referências que só a gente entende, guardar lembranças de infância como se fossem um pequeno tesouro, gostar de contar histórias, ficar lisonjeado com o olhar de admiração, achar (injustamente) que não é aquilo tudo que os outros pensam, ficar envergonhado com manifestações públicas de carinho, fazer cara de mau para se proteger, fazer declarações de amor em pequenos gestos mas dificilmente em palavras, abraçar bem forte, ficar atarantado com lágrimas, espantar a nossa tristeza com as nossas coisas preferidas, ter lugares secretos para retiro em momentos cruciais da vida, admirar nossa capacidade de deslumbramento e entusiasmo. Basicamente isso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lei de Mendel

Acho que hoje foi um dos dias em que eu mais produzi. Tô sendo assaltada por umas idéias de repente, sem aviso, sem explicação. Ótimo. Esse pensamento apareceu em meio a uma conversa nem um pouco relacionada à genética. Acredite.



Lei de Mendel
Só posso fazer uma afirmação a respeito de mim mesma. O meu lado DOMINANTE é recessivo.

Em que posso lhe servir??

Esse aqui eu escrevi só porque eu fiquei profundamente indignada. Tenho uma inexplicável aversão a gente oferecida (e quando eu digo "oferecida", estou eufemizando. Muuuuuiiiiitttoooo!!).

O que você faz se a garçonete do bar, não sastisfeita em sorrir, pegar, babar, tratar a criatura que está com você pelo nome, piscar olho e gargalhar como se o conhecesse do primário, termina por passar uma suposta listinha para que todos adicionem seus respectivos emails?

a) não dá a mínima importância e se junta ao restante do pessoal da mesa que está achando tudo isso muito engraçado;


b) espera ela passar com a bandeja repleta de coisas e coloca a perna no caminho;


c) no espaço reservado ao seu e-mail, desenha uma bonequinha vestida de garçonete com a cabeça decepada por um machado. (66666666)


P.S: eu nem preciso dizer que, graças à educação de berço que a Ilustríssima D. Rose me deu, optei pela primeira opção...

Instante de estante

Os livros falam comigo, me chamam da estante e quando eu os abro, tá ali o recado que eles queriam dar. Sim, eu sei. Mas o que é que eu vou fazer? Só sei que é assim. =D

sábado, 7 de agosto de 2010

Insuspeitabilidades



Eu gosto dos avessos do dia, das horas por trás das horas, do tempo que é o tempo que só nós conhecemos, dos segredos revividos nas entrelinhas, confissões subentendidas, pistas, indícios, insinuações. Gosto da vida urdida por dentro, das costuras feitas por trás, do entendimento cúmplice, das mensagens ocultas, dos sorrisos pressentidos, enrubesceres intuídos, leve suor de mãos, confissões veladas, palpitações, o que se partilha em silêncio inacessível aos olhos do mundo.