domingo, 26 de dezembro de 2010

Fome


Existem aqueles dias em que a vida leva um susto, soluça e pára no ar, talvez meio anestesiada, talvez meio ébria, meio incrédula de si. Suspendem-se todas as convenções e protocolos, interrompe-se seu curso e por alguns instantes nada "tem que ser", nada é óbvio ou inevitável, nada está decidido ou é certo. As escolhas sobressaem, existem alternativas, dúvidas se evidenciam e, no meio do mundo em câmera lenta, nos permitimos sentir, querer, desejar, admitir o que em nós não se encaixa perfeitamente, não atende as expectativas, não passa pela cabeça de ninguém que possa existir. Naquele instante somos nós e todas as possibilidades descartadas, embotadas, abortadas, sabotadas, renunciadas. Principalmente aquelas escolhas que fazemos questão de esquecer, que fazemos de conta que não existem e que naquele instante - só naquele instante - nos dão a certeza de que nos fariam parar de sentir fome.

domingo, 28 de novembro de 2010

Sem mais nem menos

Não, a vida não nos explica nada. Ela faz o que bem entende, inventa moda, faz firula, sai de lado, nos deixa com uma mão na frente e outra atrás, sem lenço e sem documento, sem eira nem beira e é isso. Nem bispo tem pra reclamar. Não tem manual de instruções, não deixa consultar os universitários, não obedece as universais leis da física, não tem intervalo, prorrogação, pênaltis, replay, não tem tapetão. A vida chega e pum, apresenta a conta, demanda atitude, não quer nem saber se o pato é macho e exige o ovo, não ouve embromação, não aceita desculpa. A vida não nos dá garantia nenhuma de que é isso mesmo, agora sim, agora vai, acertei, certificado ISO 14000. Não. A vida não é um teste que a gente passa e pronto, tá habilitado, nem um grande problema a ser resolvido. É um quebra-cabeças mutante onde mudam as peças, muda o desenho, muda você e muda o tabuleiro. A vida é cruel.

sábado, 2 de outubro de 2010

Entropias

Depois de um tempo longe do blog, estou eu aqui de volta. Espero mesmo conseguir administrar melhor o meu tempo e TENTAR atualizar a página com mais frequência, o que a faculdade não tem , ultimamente me deixado fazer. Mas aqui vai um texto que acabei de escrever. Porque eu cheguei a conclusão de que, mesmo que a gente sempre tente melhorar, sempre existe alguma coisa em nós que é condenável. No meu caso, o motivo de autocondenação tem nome e se chama inveja. Boa leitura! =)


Invejo



Eu invejo terrivelmente as pessoas de alma serena. As lineares, as constantes, as bem tecidas. Invejo terrivelmente toda essa felicidade lenta que surge em certos sorrisos, os sorrisos que derivam talvez de experiência, talvez de simplicidade, talvez de sabedoria. Seja lá o que for, desconheço.
O que eu conheço é o intermitente, o que é e será mais, o que ainda vai chegar lá. É o que conheço desde sempre: por temperamento, por influência dos astros ou por mera irreflexão. O que eu sei, e então não sei, e nesta cadência imoderada provoca um futuro a ser outro.
Mas. há sempre um mas, para os imoderados. E então a dinâmica do tempo mas, como uma suspensão, com nada se movendo. Toda luz é um fogo tímido. Todo som, um acorde sumindo no silêncio. Toda cena, um gestinho irrelevante. O sentimento que já não há e que, ao morrer, levou consigo o olhar que brilhava e a maravilha das manhãs. Levou as palavras, levou as vontades, levou as migalhinhas de pequenas felicidades. Acabou.
É por isso que invejo terrivelmente as pessoas de alma serena. Aquelas que não se definem por advérbios de intensidade. Porque nada é mais terrível, aos passionais, do que o limbo da falta de emoção; do dia interior que nasce igual a cada manhã, sem nada para maravilhar. Conto os dias e as noites para ver ressurgir em mim um olhar que brilhe. Um pequeno abalo interior, um ato inesperado que altere toda a entropia do MEU universo, uma coisa a querer. Chego até mesmo a desejar uma coisinha qualquer, seja lá qual ela seja, mas que me salve.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Alguns o ques

Não sorrir quase nunca mas quase sempre conosco, teimar em coisas que sabe que são imbecis, fazer o que a gente pede mas não admitir jamais, usar referências que só a gente entende, guardar lembranças de infância como se fossem um pequeno tesouro, gostar de contar histórias, ficar lisonjeado com o olhar de admiração, achar (injustamente) que não é aquilo tudo que os outros pensam, ficar envergonhado com manifestações públicas de carinho, fazer cara de mau para se proteger, fazer declarações de amor em pequenos gestos mas dificilmente em palavras, abraçar bem forte, ficar atarantado com lágrimas, espantar a nossa tristeza com as nossas coisas preferidas, ter lugares secretos para retiro em momentos cruciais da vida, admirar nossa capacidade de deslumbramento e entusiasmo. Basicamente isso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Lei de Mendel

Acho que hoje foi um dos dias em que eu mais produzi. Tô sendo assaltada por umas idéias de repente, sem aviso, sem explicação. Ótimo. Esse pensamento apareceu em meio a uma conversa nem um pouco relacionada à genética. Acredite.



Lei de Mendel
Só posso fazer uma afirmação a respeito de mim mesma. O meu lado DOMINANTE é recessivo.

Em que posso lhe servir??

Esse aqui eu escrevi só porque eu fiquei profundamente indignada. Tenho uma inexplicável aversão a gente oferecida (e quando eu digo "oferecida", estou eufemizando. Muuuuuiiiiitttoooo!!).

O que você faz se a garçonete do bar, não sastisfeita em sorrir, pegar, babar, tratar a criatura que está com você pelo nome, piscar olho e gargalhar como se o conhecesse do primário, termina por passar uma suposta listinha para que todos adicionem seus respectivos emails?

a) não dá a mínima importância e se junta ao restante do pessoal da mesa que está achando tudo isso muito engraçado;


b) espera ela passar com a bandeja repleta de coisas e coloca a perna no caminho;


c) no espaço reservado ao seu e-mail, desenha uma bonequinha vestida de garçonete com a cabeça decepada por um machado. (66666666)


P.S: eu nem preciso dizer que, graças à educação de berço que a Ilustríssima D. Rose me deu, optei pela primeira opção...

Instante de estante

Os livros falam comigo, me chamam da estante e quando eu os abro, tá ali o recado que eles queriam dar. Sim, eu sei. Mas o que é que eu vou fazer? Só sei que é assim. =D

sábado, 7 de agosto de 2010

Insuspeitabilidades



Eu gosto dos avessos do dia, das horas por trás das horas, do tempo que é o tempo que só nós conhecemos, dos segredos revividos nas entrelinhas, confissões subentendidas, pistas, indícios, insinuações. Gosto da vida urdida por dentro, das costuras feitas por trás, do entendimento cúmplice, das mensagens ocultas, dos sorrisos pressentidos, enrubesceres intuídos, leve suor de mãos, confissões veladas, palpitações, o que se partilha em silêncio inacessível aos olhos do mundo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

É muito simples..

...um pouco de loucura não faz mal a ninguém.
Tô brincando de ser ilha;
Tô indo viver a beleza da incerteza.
=D

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Insanos, imbecis e inteligentes

Nunca vi um débil mental hesitar. Todo imbecil é convicto. O inteligente não tem certeza de nada.


P.S: não entenda o post como grosseria. São apenas constatações cotidianas (todas, até o referido momento, foram 100% verdadeiras) XP

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Do que não foi

O que não vivemos pode ficar dentro, algo torto, meio morto, como um espinho que a pele não rejeita, cobre de tecido e, com o tempo, a gente nem sente mais. Pode ficar lá silente e imóvel, jóia perdida no mar enterrada na areia, de resgate impossível. Pode ser esquecido poema escrito em um caderno em desuso, metido no fundo de uma caixa qualquer. Pode se tornar inerte e seco, rosa prensada dentro de um livro, ameaça inócua e longínqua. E podemos não lembrar mais, e já não doer mais, e já não incomodar mais, e já não vir seu nome visitar a língua. Podemos não calçar mais seus sapatos e nossos dias podem deixar de ser sombras dos seus sóis. Até que alguma onda revolve a terra e traz à praia aquele tesouro, até o dia que a pele inflama e o espinho coloca a ponta para fora, até o dia em que um poema, uma música ou a vida, por qualquer crueldade dessas em que ela é especialista, nos segura pelos ombros e nos cospe nos rosto. Então nos surpreendemos com o quanto conseguimos nos enganar e por quanto tempo.

 Isadora Calderaro Soares


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conspiração

Eu realmente acredito piamente que, em algum lugar desse universo, deve haver uma conspiração quântica para fazer com que aquelas coisas desaparecidas há muito, mas muito tempo mesmo, reapareçam cruelmente em um determinado momento, simplesmente do nada, em lugares que a gente mexeu todos os dias nos últimos anos e nunca estiveram lá, com a mais absoluta certeza. Mas aí um belo dia sabe-se lá porquê (aqui deve entrar uma equação tão cheia de variáveis que seria necessário um supercomputador que faria os da previsão meteorológica parecerem relógios-calculadora) reaparecem, plim, para nos dar um enorme murro no meio da cara. Just like that. Então primeiro a gente sente o sangue nos fugir das faces e das mãos e direcionar-se T.O.D.O para o estômago. Faltam forças, falta chão, falta profundidade em tudo que nos cerca, o mundo vai ficando progressivamente monocromático e contrastante até aquele ponto que antecede o desmaio. Aí, se a gente for forte o suficiente, consegue achar entre as coisas que se movem como se derretessem tal como uma tela do Dalí, um lugar para sentar e evitar se esborrachar no chão feito um saco de batatas. Feito isso, a cabeça está girando, mas só a parte de dentro dela. A gente tenta obter um referencialzinho que seja e tudo na volta desaparece. Só AQUILO existe. Aquilo e tudo que aquilo trouxe de volta, como se aberto estivesse um ralo para outra dimensão do tempo e do espaço que acaba de lhe sugar pra dentro. E então você está lá, de volta lá, naquele dia, naquela hora que você julgava perdidos para sempre, com aquela luz e aqueles cheiros, com os rostos das pessoas vívidos e perfeitos, as vozes claras, você de volta naquele seu corpo, dentro daquela roupa, daqueles sapatos, ostentando aquele sorriso que não doía, de posse daqueles olhos brilhantes cheios de inocência imbecil, com o peito rebentando de felicidade e certezas tão absolutas quanto cegas, coisas essas que você só saberia muito mais tarde, muito mais tarde, quando numa tarde de sol você abrisse uma gaveta que você tinha aberto incólume todos os dias até então e encontrasse aquele pequeno pedaço de você. Perdido. Para sempre.



Isadora Calderaro Soares




P.S: O quadro do início do texto é Persistência, de Dalí *-*

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sem meio termo

Não se vive aos cadinhos. Não se esmola vida. Não se pede licença para existir. Não se existe de favor. Viver é se apoderar dos instantes, copular com os dias, apossar-se do estar sendo, empenhar-se no mundo dos sentidos, do agora. Viver é se rasgar por dentro, deixar-se arranhar pelos cílios do medo, vibrar na alta frequência do desmedido, enfiar a língua entre os dentes da insanidade, parir-se ao contrário todas as manhãs. Viver não é um exercício de preservação, mas de flagelo. Não há resguardo possível àqueles que estão vivos, nem prudência, nem moderação. Vida é o caminho que se faz todos os dias entre a loucura e a sanidade. E estar vivo é não ter medo de se perder nesse percurso. 
Isadora Calderaro Soares 



P.S: A gravura do post é Liberdade, do Picasso. :D 

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Punhados de Sol e de Trevas




Tentou por vezes racionalizar, entender a falta daquele homem de compleições pequenas e sorriso torto. Incrivelmente, não era nenhum daqueles espécimes de tirar o fôlego, talvez nem mesmo interessante fosse. Na verdade possuía aquele sorriso estranhamente disforme, como se tivesse uma paralisia facial ou algo parecido. Era como se ao lado dela ele só conseguisse rir, mesmo que fosse aquele sorrir sem graça, mas profundamente verdadeiro. Não era bonito. Falava pouco, respirava descompassadamente, como se fosse dispnéico,o coração querendo saltar pela boca.          
Não era acostumada com pessoas ao seu redor. Na verdade, nunca fora boa com todas essas interações e relacionamentos humanos. Esquivava-se dos outros, levantava paredes imponentes e frias de mármore àqueles que tentassem se aproximar. Não era uma monstra, como ele, uma vez a havia chamado. Ela era medrosa, tendo receio de que a dor viesse outra vez. Toda aquela dor desavisada, em cólicas e interminável. Já não acreditava em um Deus, que olhasse o tempo todo e por todos. Nunca se sentira protegida, guardada. Por vezes ele quis protegê-la. Em uma daquelas ocasiões inexplicáveis onde quem não muito fala resolve abrir a boca, ele lhe havia dito ser seu punhado de Sol. Ela não entendeu, uma vez que em seu mundo só havia espaço para as trevas. “E isso é amor?”, perguntou ela, incrédula. Ele retrucou a incredulidade inflexível dela dizendo: “Não sei o que é amor, nem procuro definição pra isso. Você também não deve procurar. Tudo o que eu sei é que você é meu punhado de Sol.”
Ela mais uma vez não o entendia. Era irônico da parte dele intitulá-la dessa forma. Ela era amarga, diferente do que acreditava ser o Sol, ou um “punhado” dele. Não acreditava no amor. Fazia isso não por cálculo, mas por virtude. Pensava que se evitasse o sentimento, seria menos difícil sofrer ao ver a partida de alguém que sempre acabava indo e não mais voltando. Ela era de uma negatividade doentia, tão palpável que podia ser capturada no ar. Era pura e inexplicavelmente desacreditada, e por que era, acabava no seu íntimo, acreditando.
Queria, mais do que nunca, externar aquela dor visceral, aquela ausência que se fazia presente.  Desejava-o mais do que a si mesma, não porque o amasse, mas porque era ele quem lhetrazia todos os franzinos e frágeis resquícios de humanidade. Não o amava, tinha certeza.  Por um momento diante daquelas nuances de pôr-de-Sol ela sentiu pela primeira vez a falta que o amor dele fazia. À medida que a escuridão se aproximava, sentia-o mais distante. O coração esmagava-lhe a alma, a vista escurecia, a dignidade ia se esvaindo. A respiração ficava mais difícil, assim como a do homem do sorriso torto. Ele era seu punhado de trevas.

Isadora Calderaro Soares 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Depois de tanto tempo sem postar um texto novo ou alguma novidade, eis eu aqui outra vez. Confesso que deixei o blog de lado, apesar de não ter parado de escrever. Prometo tentar atualizar o blog com mais frequência, tendo em vista a cobrança ( por sinal, muito bem-vinda!) de alguns dos leitores :)
Muito obrigada pelos comentários e por alguns emails que eu recebi, tanto elogiando quanto sugerindo..ou até mesmo pedindo a minha volta. Sem vocês, meus leitores, esse blog não seria nada (apesar do meu período meio clichê, a afirmação é absolutamente verdadeira.)
Deixo vocês aqui com um texto escrito dia desses, baseado nas minhas observações de cada dia. E revoltada, diante da conclusão a que cheguei, escrevi minha indignação. A propósito, a linguagem mais coloquial é intencional. Divirtam-se e deixem suas opiniões! 0/

Desconfio dos absolutismos, dos fundamentalismos, dos essencialismos e dos niilismos. O que nunca dá lugar a outra interpretação, o que é “assim e pronto”, os sempres e os nuncas.. O que é tudo ou nada sempre me cheira mal. É muito fácil assistir da arquibancada e com a cabeça fresca – com os dados postos e a devida reflexão que o distanciamento permite-, arvorar-se de dedinho em riste de senhor da razão e da decência: “Eu nunca faria isso”, “eu jamais faria aquilo”, “se fosse eu...”. Só que não é. E quando a história não é contigo, a coisa é com-ple-ta-men-te diferente. E mais: não me agradam também pessoas que antes de viver qualquer situação têm certeza de como vão se sair ou o que vão fazer e de que forma vão agir. Ai daquele que é escravo das convicções absolutas, que é refém das idéias sólidas e inabaláveis, que é escravizado pelo conceito de tudo que viu e viveu até ali, por mais lindos, corretos, decentes, justos e bem intencionados que sejam. Mil chances a mais de tomar uma verdadeira lambada nos cornos e desnortear pra valer. Vai lá, abra os olhos, reflete. Não sejas petulante achando que consegue se colocar no lugar do outro para julgá-lo ou decidir o melhor a fazer; ninguém consegue. Não sejas arrogante a ponto de achar que sabes exatamente quem tu és; ninguém sabe. O benefício da dúvida, quanto aos outros e quanto a si mesmo, muitas vezes, é o que de melhor se dispõe.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Carpe diem

Ontem foi um dia feliz. Digamos que há tempos eu não vinha sendo espontânea, o que de certa forma permite me autointitular hipócrita, talvez (pelo menos nesses últimos meses). Logo eu que sempre defendi toda essa insustentável espontaneidade do ser, ultimamente me via chata, sem graça e acomodada...Até ontem. Ontem eu saí da mesmice. Ontem eu me permiti ser eu outra vez, ou talvez encontrar aquela velha Isadora por um momento. E confesso que eu gostei. Eu meio àquele fim de tarde, tomando um simples sorvete com amigos, ouvindo uma música antiga eu tive uma idéia. E, por um momento, eu simplesmente não hesitei, não dei pra trás, não tive medo. E foi muito bom poder ir em frente, sem titubear. Apenas eu, 2 amigos, uma estrada longa, música no rádio e um pôr-de-Sol enebriante (e não, por mais que incrível que possa parecer..não sou bucólica! XD) .Um tempo de molho, conversas reveladoras, análises alheias e autoanálises. Um momento longe da rotina, das obrigações, das interações sociais forçadas. Um momento nosso, bonito... Um dia DEFINITIVAMENTE feliz! :D

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Da minha sociedade

Como diz a avó Celina: "A vida tem de umas coisas que a gente não espera!". Fato! E é ainda mais engraçado como as surpresas podem vir de quelquer lugar..mas confesso que elas são mais interessantes quando se originam de lugares mais próximos e conhecidos! XD
Dividir é um verbo estranho para as pessoas reconhecidamente egoístas (a maioria de nós, infelizmente).. A vida acaba obrigando uns a ceder ao compartilhar, mandando os irmãos..Daí temos de compartilhar o mesmo teto, os mesmo pais, as mesmas viagens de férias... São divisões q nós simplemente não escolhemos..Por outro lado existem aquelas divisões que ocorrerão não por acaso, mas por escolha. As sociedades. Reconheço que a última sociedade foi meio inesperada, desavisada.. Pra outras pessoas, seria motivo p fim de uma amizade (no caso de amizades mais fracas..) ou motivo ainda para uma semana de silêncio de ambas as partes (uma espécie de ajustamento à fusão ou que você preferir..). Mas nesse caso, não foi nem um nem o outro. XD Dividir alguém é estranho..mas na situação em questão achei que a sócia e eu acabamos nos beneficiando..Mutualismo puro! Então as experiências tidas por ambas na divisão foram compartilhadas ( leia epoxtas, contadas, fofocadas..) e deram muito pano para manga,admito! uhuhahauhauhuah.. Se é para divir, melhor dividir com a quem conhecemos.. O desconhecido sempre me assustaa..

P.S: E que venham as próximas sociedades (ou a manutenção desta, se preferir!) 0/